Quem foi Confúcio e por que sua filosofia ainda molda o destino do Oriente

Confúcio (Kongzi 孔子) não fundou uma religião, nem escreveu tratados dogmáticos. Ele desenhou o invisível da ordem social por meio da ética, da hierarquia e do rito. Seu pensamento ecoa há mais de 2.500 anos nas famílias, nos governos e até nos traços arquitetônicos do Oriente.

Uma vida entre guerras e sabedoria

Nascido em 551 a.C., na província de Lu, Confúcio viveu num tempo de desordem política, conhecido como o Período das Primaveras e Outonos. Observando o colapso da moral e da coesão entre os Estados, ele buscou restaurar a ordem por meio da virtude, do estudo e da prática dos rituais ancestrais (li 礼).

O mestre e a transmissão oral

Confúcio não escreveu livros. Seus discípulos reuniram seus ensinamentos nos Anais de Confúcio (Lunyu 论语). Ali, encontramos frases curtas como golpes de espada: simples por fora, profundas por dentro. Ele acreditava que o verdadeiro aprendizado começa com o cultivo interior — e só depois se manifesta no mundo.

Por que estudar Confúcio hoje?

• Seus conceitos de Ren (benevolência) e Xiao (respeito filial) formam a base da convivência harmônica.
• Sua ênfase na disciplina interior é um antídoto contra o caos moderno.
• Seu pensamento é a espinha dorsal da metafísica chinesa, que influencia até o Feng Shui e a Astrologia.

No coração da tradição chinesa, o nome Kongzi não é apenas lembrado. Ele é vivido.

“Aquele que move uma montanha começa carregando pequenas pedras.” — Confúcio

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